O livro conta pequenas histórias, muitas vezes narradas na primeira pessoa, em que alguém conta as dificuldades que tem com o sono. A partir destas histórias, a autora comenta essas dificuldades, identificando o problema e apontando soluções. Curioso de ler, mas torna-se pouco apelativo, a partir de certo ponto, talvez por haver uma sistemática repetição formal.
A história é um tema recorrente nos livros de Vargas Llosa. Veja-se a Guerra do Fim do Mundo, o Paraíso na Outra Esquina, A festa do Chibo, só para mencionar alguns. Este, é provavelmente o mais histórico dos livros de Vargas Llosa.
Conta-se a história de Roger Casement, um homem singular, na oposição à escravatura, primeiro no Congo, depois no Peru. Foi também um importante nacionalista irlandês. Confesso que nunca tinha ouvido falar dele e que o livro foi uma agradável descoberta.
Mas, embora sempre tenha admirado o cuidado histórico de Vargas Llosa e o interesse dos temas que escolhe, sempre foi a forma que me apaixonou nele, o que é curioso, porque ele não tem uma forma definida de escrever, como por exemplo o Saramago, ele sempre foi um verdadeiro camaleão do estilo. Mas este livro está pejado de enormes parágrafos, muito bem escritos - era o que mais faltava - mas densos, sem que haja uam verdadeira necessidade disso.
A vida sexual de Roger é referida a par e passo no livro, o que é absolutamente pretinente, tendo em conta a campanha de descrédito de que foi alvo, depois da sua prisão e a importãncia que o assunto poderia assumir perante a independência de um país onde a religião também separa. Também aqui Vargas Llosa é exímio, na tradição aliás de vários outros livros seus.
No final, não é, para mim, um dos melhores livros deste autor, mas só porque os outros são muito, muito, muito bons. Por mais recomendável que seja, é difícil ombrear com as Conversas na Catedral, a Festa do Chibo, Pantaleão e as Visitadoras ou a Guerra do Fim do Mundo.
Para falar a verdade, não fui eu que fui á procura deste livro, foi ele que me encontrou. publicado por uma revista a 0,95 €. Como ando numa fase em que o assunto me interessa, li-o de fio a pavio. Gostei muito.
Para mim perder peso sempre foi sobre fazer dieta, como tema principal e fazer exercício como tema complementar. Este livro convenceu-me de que o tema principal aqui é o exercício, e o tema complementar, embora sine qua non é a dieta.
Fiz um resumo do livro, em 4 paginas e é difícil fazer melhor sem perder muita informação - e este é, obviamente, um livro de informação. Mas aqui fica quase um tweet sobre o assunto:
É na actividade aeróbia que as gorduras são usadas, por isso para emagrecer não são necessárias actividades muito intensas, mas muita actividade.
Treino ideal:
treino aeróbio geral – 5 xs p semana
musculação2 a3xs p semana
final de cada treino: flexibilidade e alongamentos
Como treino anaeróbio, o resto não é mau, mas a marcha rápida é do melhor.
Uma das minhas apostas deste ano é ler mais teatro. Sinto que o narrador é um recurso demasiado fácil e quero aprofundar essa arte de, pelo diálogo, dizer mais que as linhas. Pode dizer-se que foi um bom começo. Esta história foi um musical de sucesso, adaptado para o cinema em 1971.
Conta a história de uma família judaica onde se confrontam tradição e novos tempos. Lembrava-me de ver o filme da televisão e sobretudo desta ideia central que reli em "Do you love me?": de que o amor se faz de persistências muito para lá da paixão.
Fica o excerto desta música, no filme de Norma n Jewison, e o texto, em português:
- Golde, tenho que te contar uma coisa importante.
- Come a sopa.
- Está quente! Encontrei o Perchik com a Hodel.
- E... ?
- Bem, parece que eles gostam muito um do outro.
- E então? O que é que estás a pensar?
- Então... Resolvi autorizar o casamento!
- O quêeeeeeeeeeeeeeee?! Assim, sem mais nem menos? Sem sequer me perguntar?
- Eu é que sou o pai!
- Sabes quem é ele? Um pedinte! Não tem absolutamente nada!
- Eu não diria isso!Eu sei que ele tem um tio rico.
- Um tio rico!
- Golde, ele é um bom homem. Eu gosto dele. É meio doido, mas eu gosto dele. E o mais importante... é que Hodel gosta dele. Hodel adora-o. O que é que podemos fazer? O mundo mudou: é o amor... Tu amas-me?
- Eu o quê?!
- Amas-me?
- Se te amo?
- Sim?
- Acho que estás cansado e zangado: com tudo isto do casamento das filhas e os problemas ... Vai descansar. Deves estar doente.
- Não, Golde, fiz-te uma pergunta: amas-me?
- És tolo!
- Eu sei que sou. Mas amas-me?
- Se te amo?
- Sim?
- Há 25 anos que lavo a tua roupa, cozinho, trato da casa, dei-te filhos, ordenho a vaca ...Depois de 25 anos, vamos falar de amor porquê?
- A primeira vez que nos vimos foi no dia do casamento ...
- Eu estava com medo
- Eu estava envergonhada
- Eu estava nervoso
- Eu também
- Os meus pais diziam que iríamos aprender a amar e eu, agora, pergunto: Golde amas-me?
- Sou a tua mulher.
- Eu sei! Mas amas-me?
- Se te amo?
- Então?
- Há 25 anos que moro com ele, luto com ele, passo fome com ele. Há vinte e cinco anos que a minha cama é dele. Se isso não é amor, o que será?
- Então amas-me?
- Acho que sim...
- Eu também acho que te amo...
- Não muda nada, mas mesmo assim, depois de 25 anos é muito bom saber isso.