Segunda-feira, 12.03.12

A rapariga que inventou um sonho, Haruki Murakami (5/2012)

Não o acabei (211/424p).

O Murakami vem na sequência do fascínio do Gonçalo pelo Japão. É um livro de contos, nisso diferente, certamente dos romances. Não é excelente, mas tem bons momentos. Por vezes completamente corriqueiro, banal, por vezes fantástico, surrealista de alguma forma. Depois há uma relação com o grotesco que é muito nipónica, parece-me. As personagens vomitam e falam disso de uma forma quase estética, contemplam os interiores dos ouvidos... enfim toda uma série de imagens a que não estamos muito habituados (e não nosa tem feito falta nenhuma). No meio de tudo isto é interessante, por vezes. 

Noutra altura, provavelmente inisistiria até o acabar, mas agora não me apetece. Fico contente de lhe ter dado estas 200 e tal páginas, mas adiante, que o Retorno espreita, muito bem recomendado. 

publicado por Nuno Cardoso Dias às 10:54 | link do post | comentar

Bom sono, boa vida, Teresa Paiva (4/2012)

O livro conta pequenas histórias, muitas vezes narradas na primeira pessoa, em que alguém conta as dificuldades que tem com o sono. A partir destas histórias, a autora comenta essas dificuldades, identificando o problema e apontando soluções. Curioso de ler, mas torna-se pouco apelativo, a partir de certo ponto, talvez por haver uma sistemática repetição formal. 

publicado por Nuno Cardoso Dias às 10:48 | link do post | comentar
Quarta-feira, 22.02.12

Os Marretas

Para quem cresceu a ver os marretas é uma maravilha poder apresentá-los às crias. E eles estavam em plena forma! O filme é divertido, giro e não se pedia mais do que isso. Está muito bem assim. 

Dito isto, e em termos mais pessoais, diria que um filme de nostalgia e evocação na minha situação actual não é das coisas mais fáceis de ver, sobretudo quando a história roda à volta de dois irmãos que são fãs dos marretas. 

O que não invalida que tenha gostado muito do filme, e em especial de voltar a ouvir esta música que aqui fica, da qual vale a pena ver a letra com atenção. 

 

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publicado por Nuno Cardoso Dias às 15:53 | link do post | comentar
Domingo, 12.02.12

O sonho do Celta, Mario Vargas Llosa (3/2012)

A história é um tema recorrente nos livros de Vargas Llosa. Veja-se a Guerra do Fim do Mundo, o Paraíso na Outra Esquina, A festa do Chibo, só para mencionar alguns. Este, é provavelmente o mais histórico dos livros de Vargas Llosa. 

Conta-se a história de Roger Casement, um homem singular, na oposição à escravatura, primeiro no Congo, depois no Peru. Foi também um importante nacionalista irlandês. Confesso que nunca tinha ouvido falar dele e que o livro foi uma agradável descoberta. 

Mas, embora sempre tenha admirado o cuidado histórico de Vargas Llosa e o interesse dos temas que escolhe, sempre foi a forma que me apaixonou nele, o que é curioso, porque ele não tem uma forma definida de escrever, como por exemplo o Saramago, ele sempre foi um verdadeiro camaleão do estilo. Mas este livro está pejado de enormes parágrafos, muito bem escritos - era o que mais faltava - mas densos, sem que haja uam verdadeira necessidade disso.

A vida sexual de Roger é referida a par e passo no livro, o que é absolutamente pretinente, tendo em conta a campanha de descrédito de que foi alvo, depois da sua prisão e a importãncia que o assunto poderia assumir perante a independência de um país onde a religião também separa. Também aqui Vargas Llosa é exímio, na tradição aliás de vários outros livros seus.  

No final, não é, para mim, um dos melhores livros deste autor, mas só porque os outros são muito, muito, muito bons. Por mais recomendável que seja, é difícil ombrear com as Conversas na Catedral, a Festa do Chibo, Pantaleão e as Visitadoras ou a Guerra do Fim do Mundo. 

publicado por Nuno Cardoso Dias às 07:00 | link do post | comentar

Mexa-se pela sua saúde (2/2012)

Para falar a verdade, não fui eu que fui á procura deste livro, foi ele que me encontrou. publicado por uma revista a 0,95 €. Como ando numa fase em que o assunto me interessa, li-o de fio a pavio. Gostei muito. 

Para mim perder peso sempre foi sobre fazer dieta, como tema principal e fazer exercício como tema complementar. Este livro convenceu-me de que o tema principal aqui é o exercício, e o tema complementar, embora sine qua non é a dieta. 

Fiz um resumo do livro, em 4 paginas e é difícil fazer melhor sem perder muita informação - e este é, obviamente, um livro de informação. Mas aqui fica quase um tweet sobre o assunto: 

É na actividade aeróbia que as gorduras são usadas, por isso para emagrecer não são necessárias actividades muito intensas, mas muita actividade.

Treino ideal:

treino aeróbio geral – 5 xs p semana

musculação2 a3xs p semana

final de cada treino: flexibilidade e alongamentos

 

Como treino anaeróbio, o resto não é mau, mas a marcha rápida é do melhor.

Para mais informação: www.roche.pt/emagrecer

 

 

Mas melhor, melhor, é ler o livro.  

publicado por Nuno Cardoso Dias às 06:46 | link do post | comentar
Quinta-feira, 09.02.12

Adivinha

Adivinha

 

Diamantes macios

de sangue doce

e toque de beijo:

o coração adulto

de uma flor singela.

 

Sabem à praia,

que trazem consigo:

sementes de areia

com o mar por dentro:

um búzio

de ouvir com a língua.

 

Aves migradoras,

andorinhas vermelhas,

guardam no bico

as madrugadas frescas

do Verão.

publicado por Nuno Cardoso Dias às 15:55 | link do post | comentar
Quinta-feira, 02.02.12

3. Sapo

Carregando na imagem, seguem para as instruções diy.

publicado por Nuno Cardoso Dias às 11:28 | link do post | comentar
Quarta-feira, 01.02.12

These foolish things

O mundo divide-se 

entre as coisas que tu viveste

e as que não te conheceram.

 

Todas falam da tua ausência.

 

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publicado por Nuno Cardoso Dias às 12:06 | link do post | comentar
Terça-feira, 31.01.12

2. Pombo

Para melhor visualização, abrir a imagem num novo separador. 

 

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publicado por Nuno Cardoso Dias às 13:19 | link do post | comentar

Memória da matéria nada

Ao Urbano, um obrigado

 

Grãos de terra

semeados a goma e cor

para que a pedra germine. 

 

Os despojos frios do fogo

lançando raízes

sobre a tábua mineral. 

 

Então a poda:

o ruído fenecendo

secando

para que o silêncio 

possa dar frutos.

 

No sudário pétreo apenas

- sombra de uma sombra -

o rasto nu do indelével:

o abandono do corpo caído;

o peso dos dias

nas últimas flores;

a luz, a luz branca

em que se movem 

os girassóis. 

 

Sombras, apenas sombras

de mais uma mão na parede. 

 

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publicado por Nuno Cardoso Dias às 11:20 | link do post | comentar

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